São trabalhos bem resolvidos que apresentam uma multiplicidade de leituras que partem de seu contexto inicial. Objetos, fotos, esculturas, instalações, desenhos, performances, vídeos e pinturas que vitalizam a arte atual e suas ilimitadas possibilidades.
Entre os artistas citamos Cadu e seus sistemas de criação; Gaio e sua série geométrica Duplos; Daniel Toledo com o colorido e efêmero Tro-catroca; Carlos Contente e sua narrativa gráfica Entrevista com o verde; e muitos outros que com certeza valem à pena estar presente para apreciar.
Não é difícil estabelecer uma ponte entre esta exposição e a exposição bem elaborada Cinema Sim do Itaú Cultural (dezembro de 2008). Vimos nestas duas mostras um painel de trabalhos de grande qualidade que percorrem temas diversos, claro que a Cinema Sim possuía artistas internacionais e o cinema como foco, mas mesmo assim conseguimos compreender esta linha de soluções artísticas nas duas exposições, trabalhos que usam tecnologias e invenções, idéias e provocações que colocam o espectador em um labirinto de sensações, interrogações e apreciações.
Quem foi na exposição Cinema Sim irá lembrar do vídeo onde o homem destrói e arruma sua casa, de Julian Rosefeldt (também presente na 26º Bienal de SP); Peter Fischer com seus vôos pela fumaça e sua cotidiana areia; e não podemos esquecer da Eve Sussman com seu clássico 89 Seconds at Alcázar, que imagina Diego Velásquez criando sua obra As Meninas. Quem não pode ver estes vídeos pesquise e fique atento caso eles voltem para alguma mostra brasileira.
Já que criamos esta ponte, outra experiência atual que podemos citar, no qual esteve presente a arte contemporânea jovem é a 28ª Bienal (dezembro de 2008), nos atendo aos artistas e projetos, começando por Erick Beltrám que surpreendeu com seu grande projeto O Mundo Explicado; Sarnath Banerjee mostrou uma narrativa única no jornal 28b; O Grivo e sua fantástica orquestra de engenhocas; Mircea Cantor e seu tapete político voador; e a Paulistana Leya Mira Brander e suas poéticas gravações. Muitos outros artistas estiveram na bienal com interessantes trabalhos, mas por estarem em um espaço onde outras discussões parecem ser mais importantes do que a própria arte, passaram despercebidos.
NOVA ARTE NOVA
Centro Cultural Banco do Brasil
Rua Álvares Penteado, 112. Centro de São Paulo - SP.
De 27 de janeiro a 05 de abril de 2009.
De terça a domingo, das 10h ás 20h.